Cores

Categoria: BTS / Kim Taehyung


i m a g i n e   •  b t s  •  t a e h y u n g  •  v
                Uma jovem escritora mal sucedida conhece, através das milhares de possibilidades indecifráveis do universo, Kim Taehyung: um garoto estranho e com a personalidade mais distinta que já teve a oportunidade de ver. Ele parecia entender a forma como as coisas aconteciam de modo diferente - embora sua dedução fosse um tanto quanto bizarra para a pequena autora.
                No entanto, presos dentro de uma bolha completamente nova em um relacionamento inesperadamente surpreendente, ela também tinha sua própria maneira de ver as coisas, atribuindo a elas aquilo que fosse fácil de ser lembrado, o que não pudesse esquecer nem mesmo enquanto dormia.
                A sinestesia era apenas mais uma das várias linhas que os ligariam e os ajudariam a passar pelas dificuldades da vida e enxergá-las de forma divergente, aprendendo um com o outro que o modo de ver - e ser - afeta não só a si mesmo, como todas as outras pessoas ao redor. 
E estava tudo bem tanto para ela quanto para Taehyung; porque ele sentia o quão áspero era o marrom. Ele via verdes saírem de seu piano. Pois o cheiro respeitoso vinha do preto e o castanho era tão saboroso. 
                Ele não sabia o motivo, mas vivia a vida e vivia cores.


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   ••sinopse por @vincent-he (wonderful designs)
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      C o p y r i g h t  ©  2 0 1 7  



+ Novo Capítulo


Disclaimer

2025-05-22 00:10:01

As cores são visuais.

O ser humano as enxerga constantemente.

Dia após dia, nossos olhos descobrem-nas.

Existem poucas cores do mundo.

Mais de um milhão de tonalidades.

Vemos-as toda hora.

Mas não damos valor.

Até porque, como?


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Todos vemos cores.

Até quem diz não ver.

Quem não vê nada, não vê nada.

Pois preto-e-branco, ainda são cores.

O cinza-e-prateado são cores também.

Não existe ausência de cor.

Apenas ausência de luz.


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Qual sua cor favorita?

Por quê?

O que ela é para você?


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E para Taehyung?

Elas tinham um propósito.

Propósitos não visuais.

Mas sim sentimentais.

Não era um hobby.

Não era loucura.

Era a vida dele.


이유...?



Porque ele sentia o áspero do marrom.

Porque ele via verdes saírem de seu piano.

Porque o cheiro respeitoso vinha do preto.

Porque o castanho era tão saboroso.

Porque ele não sabia,

:mas vivia cores.

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sinopse da fanfic por vincent-he (wonderfuldesigns.com.br)
Capa atual por shinous (demolir text)

Obrigada pelo trabalho vocês são incríveis

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1- A Cor Subestimada

2025-05-22 00:16:00

     1º Dia  

1º Dia.

     Dedos ágeis.

     A intuição desesperada da garota, que a frente do notebook transcrevia algumas das meras ideias que surgiam, parecia coisa de novela. A diferença é que novelas não eram reais.

     Ela estava entusiasmada espiritualmente, mas aquele cabelo desleixado e short que sambava em suas pernas, não demonstravam o mesmo.

     O estado de seu quarto, sobretudo a casa inteira, era lamentável. Há dias a moça não se preocupava com o bem estar social, moral e principalmente higiênico.

     O chuveiro já não recebia seu corpo nu a miseráveis 35 horas.

     Ao lado da mesa de trabalho uma quantidade considerável de pacotes de biscoitos de sal jogado sobre as migalhas do mesmo. A água na garrafa havia acabado, mas estava ocupada demais para ir buscar outra na geladeira.

     Sua postura desleixada na cadeira, com a perna esquerda agachada sobre o busto, descalça.

Nada importava, aquilo ao redor era apenas sem cor. Aquilo que dava seu melhor no computador era laranja.

A laranja era tudo o que precisava.

— ACABEI — gritou, após mais 3 horas digitando letra por letra sem parar.

     Gritou naquele quarto oco, por mais que objetos havia, tornavam-se nada. Gritou para quem quisesse ouvir. O vazio talvez? Talvez.

     Vivia sozinha. Ela e seu sonho laranja de conseguir publicar o livro que dedicou nove meses de sua vida.

     Nove meses era pouco para a moça. Nove meses de trabalho duro era o mesmo que ir à uma lanchonete sutil tomar um café na época da primavera, mas não era primavera.

     Quando se faz algo que gosta, o tempo é seu inimigo, amigo, irmão ou namorado. Mas o tempo nunca é entediante.

    Às vezes um pouco azedo-amarelo, mas era o tempo. Tempo mal-educado que não espera por ninguém. Mesmo assim, não era um inimigo tão cruel.

A crueldade corroía a alma de dentro para fora, até que não sobrasse qualquer gota da pureza.

     Do pouco de socialização que ganhara como seu bom senso, a janela estava ao menos aberta para correr ar puro. Aquela janela tinha um nome, seu notebook tinha um nome, a cadeira que sentava há dias, também pusera um nome. Ela gostava de nomear coisas.

     Bom, já o seu nome não importa muito. Isso não mudaria em nada. Ela era "a garota da história" já que para as pessoas, é importante diferenciar uma das outras desta maneira.

     LEVANTOU-SE NUM PULO e correu até o banheiro, deixando atribuir o desalijo de sua "bexiga" prestes a explodir. O papel nem lá tinha mais, os segundos que se correram foram passados de pressa.

    Sentou-se novamente na cadeira, que de alguma forma a negava, ─ talvez por passar muito tempo nela ─, com o botão direito do mouse, selecionou e copiou todo o texto do programa. Mas umas duas vezes para ter certeza. Em seguida, deixou sua história salva no arquivo, sendo passado em milésimos para o celular que iria transportá-lo.

    Tudo correu muito rápido, ela estava entusiasmada.

{...}

     21º DIA.

    AQUELA ERA UMA praça. Havia pessoas. Era outono. O laranja denuncia aquela estação.

    A casaca marrom mesclava com o silêncio do laranja mas seus sapatos eram azuis, seu grande pólo oposto.

     A mão no bolso ─ já disse que estava entusiasmada? ─ atravessou a longa praça, mas de algum modo sentia que algo aconteceria. E não foi de pensar muito, mas sempre que andavam rapidamente, suas canelas ficaram doloridas.

     Parou por um instante e curvou-se para acariciá-las. Um pouco sem altruísmo, olhou para sua direita. Havia um banco de praça um pouco velho, ''marrom, cor amadeirada, mas era de ferro''. E um rapaz sentado lhe encarando.

     Tinha os olhos fixos nos olhos da menina. A cabeça pouco curvada para baixo, ele a encarava profundamente sem se importar de como fazia aquilo.

Não era "sério".

Não era "preocupado".

Nem ao menos "inexpressivo".

Era um olhar antagônico.

     Não hesitou, ela continuou o trajeto sem parecer importar-se muito mas teve medo.

     ÀS PRESSAS ELA ia andando na calçada. Um pé atrás do outro. Um a frente do outro. Um e outro.

     O celular no bolso, várias vezes tocado pela garota para ter certeza de que ainda estava lá.

     Já pensou na hipótese do contrário?

     Ela entrou figurativamente saltitante, na pequena porta da rua. Aquela porta, meio perdida entre os dois estabelecimentos importantes dos dois lados, havia uma escada no único corredor levando para o andar de cima.

     E lá foi ela, subiu correndo as escadas dando vista a outro corredor. A frente mais umas 4 portas, e na primeira foi adentrada.

     Aquele estabelecimento era de fato uma franquia mal investida. A suposta "editora" que na qual deu seu melhor para tentar lançar seu livro, estava caindo aos pedaços. Entretanto, era boa. Os orçamentos investidos nos livros, materiais, os trabalhadores envolvidos no processo... tudo... menos o local que mais parecia um boteco escondido da civilização.

     Lamentável, mas era o que a garota podia pagar.

     Havia um escritório, com várias mesas misturadas, com pessoas trabalhando em diferentes funções. Ela então ansiava pela presença de alguém em específico. Aquele homem alto e raquítico que vinha em sua direção.

     Mas ele não se importava com a presença dela, pelo contrário, ele nem a percebera lá. O mais velho só queria tomar o seu bom e velho café da cafeteira que estava ao lado da moça.

— BonHwa sshi! ─ ela o chamou delicadamente, mas seu coração pedia-lhe para esfregar sua cara naquele chão de cimento inacabado.

     Com o copo na boca, BonHwa direcionou-lhe o olhar.

— Ya, S/N...?! ─ ele direcionou o copo da boca à mesa. Causou impressão de um quase engasgo. ─ O-o que faz aqui?

— Eu vim entregar o arquivo do livro ─ sorriu verdadeiramente retirando do bolso da casaca seu celular.

— Oh, então já terminou? ─ ele parecia nervoso, mas tentava demonstrar de fato interesse.

— Sim, senhor! Trabalhei nele durante os nove meses ─ ela curvou-se um pouco segurando o aparelho com as duas mãos na frente da barriga.

— Mas por que não me mandou por e-mail? ─ ele perguntou. Desta vez, o desprezo mostrou-lhe presente, e voltou a atenção à cafeteira.

— Eu mandei ─ ela olhou-lhe de rabo, como se dissesse o óbvio.

— Oh, então eu não li... ou talvez não tenha chegado ainda.

— Mas... isso já faz três semanas ─ ela olhou preocupada e decepcionada.

     Não era novidade. Já era o 5º livro que escrevia. Todos rejeitados, pois não passavam de romances inóspitos de garotas pobres-coitadas e oppas brutos. Bunhwa estava cansado daquilo, nem perdia mais tempo com S/N que insistia em um romance fútil.

     Bunhwa bebia seu café olhando para um ponto fixo ao lado da menina. Agora, ela só ouvia o som de pessoas conversando, teclados de computadores sendo teclados, cliques de mouses, papéis sendo folheados, telefones tocando.

     Aquilo a estressou, mas estressou de forma laranja-cinábrio.

     Devolveu o celular ao bolso e retirou-se da sala. Desceu as escadas sem olhar para trás, estava agora estressada, com ''empatia''.

     Parou na calçada após sair na pequena porta que entrara antes. Estava ventando calmamente, uma brisa gelada o suficiente para sua respiração estancar. Seus lábios estavam tão ressecados, as entranhas do nariz já até criaram uma casca que iniciava um futuro resfriado.

     Apoiou-se num canto e por lá ficou tempo demais, mas logo suspirou fundo e começou a caminhar para seu lado esquerdo. Fazendo todo o retorno do caminho.

     Passou pela loja de cosméticos, a floricultura, o estacionamento de uma igreja, a igreja e logo mais à frente da praça. Ela parou na calçada do outro lado da rua, olhando para a entrada da praça. Analisou aquelas árvores semi-secas, aquele alaranjado tão irreal das folhas de outono, como dito, denunciado pelo laranja.

     Seria bom, ao menos, se S/N percebesse aquilo tudo. Digo... as cores. Ela percebia sim, de fato, mas não como deveria. Afinal, ninguém dá valor a tudo. Se ao menos, ela parasse para ver como um simples laranja lhe podia mudar a vida, não estaria tão decepcionada agora.

     Suas mãos estavam congeladas. Pensava se entrava na praça ou não, se ia pelo caminho mais curto, ou contornava o quarteirão inteiro para ir para casa. O caminho mais curto era necessário, passar por dentro da praça era a primeira opção se não estivesse temerosa. "Será que aquele 'cara ainda está lá?" pensou.

     Suspirou pela segunda vez e atravessou a rua correndo, já que naquele país, ou você corre para atravessar a rua, ou você mora na calçada e nunca atravessa. Caminhou, e mais uma vez, olhou para a entrada da praça.

     Entrou tão devagar quanto imaginaria entrar, olhando para os lados como se estivesse sendo perseguida.

     Mas sabemos que o único que lhe perseguia era o seu próprio medo.

O medo não é preto, nem cinza, nem prata, nem marrom, nem nada escuro. O medo não está presente no ruim, no confiável, no seguro, nem no otimismo. Ele é Cinza-Vermelho, porque é maleável, e não há nada de mais em ter medo.

     Ela viu que no banco de praça ''um pouco velho, marrom de cor amadeirada, mas era de ferro'', onde viu o rapaz que lhe "secou" com o olhar, estava vazio. Aliviou-se, não sabem o quão amedrontada era com aquelas coisas. Vendo a quantidade de tragédias que aconteciam no país com "meninas" e "estranhos", a deixava paranoica e qualquer estranho lhe era suspeito.

     Resolveu por intuito sentar lá mesmo.

     Fechou os olhos e pela terceira vez suspirou profundo; acalmou-se um pouco, tentando esquecer as desavenças das horas passadas.

     Tudo estava marrom-tabaco ao fechar os olhos. Mas ela não sabia que era marrom-tabaco, porque como disse, ela não se importava com essas coisas.

     Ouviu passos, calçados pisando em folhas secas. Achou ela que fossem mais pessoas indo e voltando, mas em específico, aqueles passos pararam ao seu lado.

     Abriu os olhos lentamente. Viu de rabo de olho, alguém em pé, ao seu lado esquerdo.

     Virou lentamente sua cabeça para sua esquerda superior.

     Era aquele rapaz.

     O rapaz com o olhar antagônico.

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Este capítulo foi betado e revisado por isnandss no blog WonderfulDesigns agradeço muito eu to sorrindo feito uma tonta.

 

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2 - Ainda na Cor Subestimada

2025-05-22 00:23:52

v

Apenas 5% das pessoas, têm-na como favorita;

O rapaz a olhava ainda secante. Mas desta vez, agora de forma que desse a entender que estava enlevado.

Sua boca estava semi aberta, digo, pouco aberta, quase cético. Ele estava fascinado com a garota. Era fascínio sem sentido, fascínio que não tivesse nenhuma ligação com a realidade, ou com o bom, pode-se entender. Imagine: um homem alto, com uma casaca enorme e preta, um gorro wigwam machu também preto-acinzentado, o olhar pesado sobre si, exclusivamente para si... Isso lhe assustaria?

Para você, talvez não, mas como defesa humana, S/N congelou.

Se pudêssemos aprofundarmos um pouco em sua cabeça, não viríamos nada passando por ela.

O medo causa isso, ou como aprendemos, o Cinza-Vermelho causava paralisia da consciência.

Após 4 segundos olhando mais um pouco para o rapaz, finalmente se dispões a tentar ignorá-lo. Olhou para frente, ainda estática, e passou a tomar algo a sua frente como distração. O que não aconteceu.

Mais uma vez olhou para sua esquerda superior.

-S-sim?! ─ o silencio foi quebrado por ela.

Nada foi dito por parte do maior. Do bolso retirou uma bolsinha Coral-Claro com flores vermelhas-marte. Ela era pequena, pouco maior que a palma da mão.

A menor olhou para aquele pertence, pôs a mão no bolso de seu casaco e sentiu a ausência dela.

-Você deixou-a cair, quando passava aqui mais cedo. ─ finalmente algo saiu de sua boca.

"Que voz é essa? Um locutor de rádio, de futebol, cantor de metal? O que? Por que tão grave?" ─ ela pensou.

A voz dele era realmente muito impactante. Não chegara a tonalidade tão grave, no minimo Barítono, o tom entre baixo e tenor.

-Puxa, obrigada! ─ Ela puxou a bolsinha para si.

O rapaz pareceu se esquecer do mundo por um momento e sentou-se no mesmo banco, desta vez do outro lado, bem afastado no corpo de S/N.

Agora, ela estava lembrando dos ₩40.000 que haviam dentro para pagar uma parte atrasada do aluguel. Eles ainda estavam lá. Aliviada, olhou para ele a sua direita, grata por não ter roubo seus 40k. "O que seria de mim se perdesse esse dinheiro?".

Sem se importar muito agora observava a estranheza do garoto.

Ele olhava para frente, tirou completamente a atenção de S/N, ou melhor, tentava tomar algo a sua frente como distração. Ela não tinha muito o que descrever nele, além de ter uma feição infantil. "Quantos anos deve ter?" ─Mais uma vez pensou,─ "Talvez uns 15/16...". Ele talvez fosse muito alto para esta idade, entretanto, nada mais surpreendia S/N, enquanto que naquele país, os homens cresciam de forma absurda.

Ele era bonito, mas ela não se importou com isso (por incrível que pareça), seu fascínio fixava em sua estranheza.

Ele era estranho, não visualmente, mas S/N julgava isso a todo custo. Começando por suas vestes. O casaco dava um ar normal, porque o preto parecia se destacar mais que outras cores, sendo a tonalidade que mais combina com as outras.

Reversão de todos os valores, assim é chamado o preto.

O rapaz retirou o casado, deixando-o descansar sobre o ombro, pôs as mãos apoiadas na coxa.

Ele usava um moletom listrado. Vermelho e branco, Preto e branco. A irônica junção das cores do amor e ódio, sendo civilizadas pelo inocente branco. Um gorro na cabeça, deixando sua estática ainda mais infantil.

Ele era estranho. Mas não sabia responder o porquê. Não chegava a ser Marrom, mas não se enquadrava por completo no Laranja.

Acordou do transe, notou que já passara muito tempo olhando para o pobre coitado ali ─ "pobre coitado, um apelido que deu à ele por sua feição ser avoada, lerda, distraída".

Levanto-se.

-Mais uma vez, muito obrigada. ─ Curvou-se delicadamente. Ele apenas curvou a cabeça de forma sutil e deu um sorriso apagado, por educação.

Virou-se, e caminhou rumo à outra saída direto a esquina de seu apartamento. Deixou o "estranho" lá sentado do banco de praça, como uma pessoa qualquer que passasse despercebida por seu olhos.

Se soubesse da existência das cores, ela passaria mais tempo ali olhando aquele "estranho", e talvez, a vida tivesse seguido outro rumo. Mas ela não se importava com aquilo, deixando passar aquela cor Vermelha-marrom-azul-preta que ele transmitia.

Ele viu que o dia da menina estava laranja, tanto quando ia, até quando voltou para a praça. O dia dela estava laranja, sabia que a cor que dominava seu dia era aquela cor subestimada. O laranja, a cor que ninguém valoriza, sempre pensam no vermelho ou amarelo antes dela. Mas sempre otimista, a cor que sempre vê uma luz no fim do túnel, mas que facilmente tem a autoestima decaída quando desvalorizada.

Mas ela... Bem, diferente das 95 pessoas que estavam na praça, S/N não tinha cor alguma.

Ela tinha sim uma cor, mas ele não sabia descreve-la. Era uma cor semelhante ao branco, azul, violeta... Ou sei lá. Ele não sabia.

Mas acima de tudo, naquele exato momento em que ele a vira passar mais cedo, o mesmo sentiu as combinações mais exatas saírem de si mesmo:

Faíscas de vermelho exalava por sua pélvis;

Faíscas do laranja corriam pelo olho direito;

Faíscas de purpura-roxa brilharem em seus dedos;

Faíscas amarelas saíam do olho esquerdo.

As 4 cores que diluiam a paixão. Ele as via saindo de seu corpo definitivamente. Ele sempre via as cores forma exagerada.

As vezes, escutava notas saírem delas. Ele não sabia explicar o som, mas ouvia.

As vezes, ele sentia as espessuras delas quando as via. Ele também não conseguia explicar claramente.

As vezes, ele sentia o cheiro da cor quando olhava aquela tonalidade. Idem, sem explicações.

As vezes, quando colocava qualquer coisa com determinada cor na boca, ele sentia um gosto.

Mas na maioria das vezes, ele só as via demais. Enquanto nós vemos de menos.

Taehyung não era louco.

Taehyung era sinestésico.

•ווווו

 

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3 - A cor simpática

2025-05-22 00:27:27


¨A experiência constantemente vivida fez com que o azul fosse a cor que pertence a todos.¨



As horas que se passaram foram monótonos. Entretanto, ainda restava-lhe reler aquela história tão odiada pelo seu chefe, tentando achar uma respostas para aquele problema, que na qual nem sabia ao certo, mas suspeitava que tinha.

Ela leu, releu e por fim, releu novamente.

Desta vez estava sentada no balcão falso da cozinha, com os braços sobre o mesmo segurando seu celular. O aparelho estava com 15% da bateria, não importou-se nem um pouco com o mesmo lhe alertando para conectar o carregador.

Ela se sentia cansada e seu corpo doía. Não era de se negar por estar tão frio lá fora, mas o corpo transpirava de nervoso, e apenas uma camisola Mascavo com uma bola branca no centro. Era estranha e ingenua, mas não se importava: Usava aquela calcinha branca infantil.

"Ela tem babados nos cantos;

Ela samba em tuas nádegas;

Ela é inocentemente branca.

Mas se lhe fica confrontável ...

Quem sou eu para tentar arrancá-la de você?"

Levantou-se num impulso, desajeitada como uma mula cambaleando e tropeçando no próprio pé. Eram por volta das 6:02pm e o banco fecharia daqui 48 minutos. Estava com os 40k W em cima da prateleira branca-hibernal, ao lado do jarro preto e lucido, que ficava na única porta de entrada.

Pensou exitante em sair para ir ao banco pagar o aluguel atrasado. Porém achou longe de sua casa, comparado ao retilinto do momento como este. Onde encontrava-se mal e sem pique para qualquer coisa, até mesmo comer não lhe passava pela cabeça.

Mas não era nem um pouco distante, ficava irresponsavelmente ao lado de seu prédio, definitivamente.

-Ainda tenho amanhã. ─ exclamou atirando-se na cama-sofá já montada.

Má ideia; seu corpo se contorceu inteiramente naquele estofado amarelo níquel-titânio. Cobriu-se o mais rápido possível curvando suas costas como um tatu.

Outra má ideia; não durou muito para que sua coluna ameaçasse gritar como um espasmo sem motivos e o alanque corporal tinha congelado. Não era frio, era calafrio, daqueles que você adquiri mesmo com o ar-condicionado atingindo o ponto máximo de sua temperatura.

-Inferno. ─ resmungou. Sabia que estava com febre, apesar de nunca ter ficado depois dos 11 anos de idade.

Tendo a saúde de ferro ou não, o destino jogou-lhe a desgraça na cara para adoecer no melhor dia que ganhara dele. Nem irmão, nem primo, nem mãe, ou amigo para lhe trazer um remédio em cima da geladeira marrom na cozinha para a garota.

-Viver só é pior do que Rover Curiosity cantando parabéns para si mesmo em Marte. ─ pensou consigo mesmo. Retirou um sorriso dos lábios.

As vezes conseguia debochar de sua própria desgraça, pois não tinha ninguém para tirar sarro.

O pior disso tudo é que via a graça.

-Hunm... ─ resmungou, ─ Se eu não ir hoje, amanhã eu que o diga.

Esticou a mão sem um pingo de ânimo (tinha dores musculares que aumentavam em segundos) e puxou um urso "morango" com grandes olhos esbugalhados que ganhará de um antigo colega de classe, ao lado de seu travesseiro. O encarou profundamente, como se pudesse alimentar sua vida e o boneco começasse a sair andando pela casa.

-"Você deve ir, S/N!" ─ ela deu voz ao boneco. Uma voz grossa e forçada, ao mesmo tempo cômica.

-Eu sei, mas estou um caco. ─ respondeu ao boneco.

-"Deixe de fadiga, se não for hoje, amanhã acordará com febre de 40 graus e será pior ainda."─ mas uma vez o suposto "boneco" respondeu-lhe, ─ "Amanhã é o ultimo dia, S/N, do contrario você será despejada do apartamento".

Mais uma vez encarou o boneco profundamente.

-Você não quer ir por mim, sim? ─ perguntou a ele.

-"Idiota, eu sou um boneco! Você que não sabe fazer amizades e fica conversando com um ser inanimado". ─ ele 'respondeu'.

Jogou o boneco longe, mas estava sem força alguma e o mesmo foi parar em baixo do sofá-cama.

-Eu conversando com um urso... A que ponto cheguei? ─ reclamou socando-se ainda mais no travesseiro.

[...]

Arrumou-se com o mesmo traje de mais cedo, adicionando mais um moletom azul-manganês e mais um par de meias brancas por cima do outro par. Caminhou para sair, mas retornou ao pequeno armário para colocar um par de luvas também azuis, mas curaçau. Adicionou o cachecol branco enrolando sobre o rosto (mesmo sem necessidade por conta da máscara).

Sentia frio e sudorese. E estava empacotada, parecia que sua avó lhe havia vestido.

Olhou o relógio que lhe indicava 10 minutos para o fechamento da lotérica. Pegou o dinheiro e fechou a porta atras de si. Suas pernas faziam um bom trabalho em caminhar, mas estavam doloridas.

"O que há agora? Não sou de adoecer assim." - Pensou.

"Calafrios, dores musculares e articulares, suor excessivo, fadiga, falta de apetite, sonolência, tosse, falta de ar, diarreias e lesões cutâneas; Nunca saia de casa quando sentir esse sintomas."─ Essa era a voz de sua mãe em sua cabeça, uma frase dita 3 vezes à menina antes de vir morar sozinha. ─ E o que faz agora? Desobedecendo os mandamentos da mãe.

Caminhava cambaleando, parecia embriagada. Apesar de se sentir mal, apesar de saber que, o que cometia era inteiramente errado, em sua cabeça o compromisso de pagar o aluguel para não morar debaixo da ponte, era crucial.

"Você tem até dia 14 para pagar, S/N. Do contrário, terei de lhe dispensar, infelizmente."

Desceu o elevador, não havia ninguém. Passou pela recepção que também não havia ninguém.

-Aish, parece que o mundo decidiu esconder-se de mim. ─ murmurou. Até mesmo ao soltar um soneto de voz, sua laringe alertava que hipoteticamente estava a engolir um arame. Tossiu.

Caminhou para fora e uma brisa fina veio de encontro ao seu corpo, fazendo-a tremer (parecia mais um redemoinho de gelo). Foi para sua esquerda e com a maior esperança de encontrar a bendita lotérica aberta.

-Inferno! ─ exclamou ao notar o estabelecimento fechado.

Olhou para a entrada do apartamento, e pesou 4 vezes antes de voltar para dentro de uma conchegante casa. Sabia que se voltasse, poderia acordar pior do que estava no dia seguinte, pois não conseguia lidar muito bem com os incômodos de doença temperamental, odiava médicos e não sabia qual remédio tomar; mas estava ciente que um bom descanso e algum tipo de comida quente ou chá, lhe faria melhorar aos poucos.

Entretanto estava fraca. Uma ou duas vezes, cambaleava para trás prestes a deitar-se no chão da calçada e ficar por lá mesmo.

Se sua mãe a visse, daria-lhe um belo puxão de orelha mesmo doente, e reclamaria por não incluir sua saúde e bem estar em primeiro lugar. Mas ela não estava lá, e não precisava ficar sabendo de nada.

-Eu tenho que... ─ tossiu, ─ Pagar...

Lembrou-se de um pequeno banco franqueado que ficava ao lado de uma floricultura, na outra avenida. Não era longe, mas sabia ela que teria de passar pela praça.

Aquela praça lhe fez sentir raiva da vida.

Aquela praça parece que lhe trouxe todo azar do mundo.

Começou a caminhar, parecia embriagada. Se levarmos em conta que ela mal via o caminho que seguia, realmente, ela estava embriagada: Embriagada de dor, febre, tosse e desespero.

Estava tão cheia de roupas, que era bem capaz de um velho lhe confundir com um pinguim andando na rua, até mesmo seus passos eram desengonçados e mongos.

ENTROU NO PARQUE, passou andando sem um pingo de noção da vida. Estava realmente mal., mas sabia onde deveria ir e o que deveria fazer. Entrou em um piloto automático.

Por intuito ela olhou para o banco de praça um pouco velho, marrom, cor amadeirada, mas era de ferro. O rapaz estranho, que no qual nomeou de Pobre Coitado, ainda estava sentado lá, olhando fixo em alguns pombos no chão com aquele olhar perdido, meio avoado, como se visse ali a coisa mais prodigiosa do mundo.

-Puff, ─ riu debochadamente.

Pareceu castigo zombar do garoto quando sentiu sua garganta estourar de dor. Virou novamente para frente prestando atenção aonde ia, para evitar ter que encarar aqueles olhos novamente.

Eu a vi ali, sabia? Uma áurea preta-turmalina e faíscas de marrom omitiam gritos agudos sobre sua cabeça. Notei que não estava bem!

[...]

Ele jogou uma migalha de algo aos pombos que tornaram-se eufóricos. Por mais que sempre via as bolhar azuladas saírem deles quando entregava-lhe algo para comer, Taehyung ainda ficava fascinado. Todos os dias, quando chegava do trabalho, ele sentava-se naquele branco que estava familiarizado para alimentar os pombos e pássaros que passavam ali.

As pessoas estavam sempre frustadas ao seu ver, e aquilo lhe deixava oco por dentro. Mesmo pombos, sendo os Ratos-de-Asas, transpareciam aquela 'inocência'.

-De alguma forma, eles ficavam alegres ao serem alimentados.

-De alguma forma, ele via um azul-água sair de seu bater de asas.

-Desta mesma forma, ele assemelhava-a como bolhas de sabão.

Não demorou muito para um som agudo ensurdecer seus ouvidos. Ele não entendia nem um pouco sobre os sons que ouvia, porém seus 24 anos de vida lhe alertavam que nunca eram bons.

Olhou para frente, e seguiu o som decrépito.

Seus olhos pararam na visão daquela garota 'entusiasmada' mais cedo. O som vinha de lá. Ela andava firme, mal sabia ele que S/N lutava para ficar em pé.

Assim, a garota que era seguida pelo olhar do menino, sumiu de sua vista ao passar pelo saída leste da praça. Taehyung cutucava o amadeirado no banco que por milésimos de segundos até notou a inquietação do garoto.

O banco não era vivo, claro, mas até ele saberia que o coração do menino implorava um ato solidário. Olhou para os pombos, depois para aonde a menina havia passado. Em seguida, num piscar de olhos, quase que involutosamente e sem prosa, Taehyung levantou-se e apressou-se para seguir S/N.

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Oi ^^ Estava qui pensando em algumas formas de escrever um capítulos sem essa parada de "encheção de linguiça". Mas notei que meu raciocínios altamente avançado para a raça humana não tem capacidade disso '-'

Agora uma piada: ~piu!

Tá parei ¬u¬

 

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4 - A cor da Asneira

2025-05-22 00:29:16

Em alemão se diz: "você é marrom dos pés a cabeça, ou se finge?".

Taehyung começou a caminhar com as mãos nos bolsos da casaca escura.

Ah, mas ele caminhava numa lerdeza indesculpável, nem dava-se o luxo de pensar no por quê teria de ter tanta pressa. Assim, logo a frente, foi preterido por uma poça translucida no chão de paralelepípedo, perto de uma lixeira de grades oxidadas ─ o funcionário publico da limpeza que passara lá mês passado, havia esquecido o saco de lixo preto ofusco lá dentro com duas latas de sodas de uvas-verdes identificas, da mesma marca, jogadas lá por pessoas diferentes, em diferentes dias.

O garoto demorou-se ante a poça no chão e estudou sua imagem refletida fielmente ali.

-Por que as vezes sinto que você não vê o que os outros vêem? ─ sua voz saiu tão rouca que mal reconheceu a si mesmo.

Falar sozinho não era seu usual, principalmente em publico. Mas cá sua própria fisionomia refletida naquela insignificante poça, chamou-lhe a atenção. ─ Como dito antes, ele aparentava não preocupar-se com aquela situação de S/N mais cedo, mas até mesmo aquela poça saberia que ele estaria inquieto se não a seguisse.

Seu olhar estava oco. E também não sabia explicar os motivos para estar assim.

No começo eu sinto uma forma cilíndrica, meio lisa e um pouco úmida. Parece-me uma bola de metal polida, ou uma esfera de vidro. Mas que por algum motivo está úmida... e invisível. Principalmente, invisível. Eu não preciso tocar necessariamente com mãos, mas quando eu sinto, eu simplesmente 'sinto' no corpo como um todo. Não sei se é físico. Depois, consigo sentir um cheiro verde-turmalina. É assim que me sinto distante.

Taehyung ergueu a cabeça para frente e seguiu caminho, deixando para trás a poça, a lixeira de grades oxidadas, o saco de lixo preto ofusco e as duas latas de sodas de uvas-verdes dentro dele.

Os passos eram largos desta vez (conseguia ainda deixar aquela expressão antagônica que ele tanto relutava em não fazer). Como ele sabia aonde a moça estava depois de perde-la de vista? Nem mesmo o próprio sabia; era guiado pela intuição marrom-escura que seguia como uma névoa que flutuava em linha reta. E de alguma maneira desconhecida pelo universo, aquela linha de névoa o levou para a rua de uma floricultura tão familiarizante.

Ele suspirou, mas nem precisou olhar para outro ponto de referencia: aquele ensurdecedor som invadiu seu ouvido sem avisar. Já sabia que a garota estaria em algum lugar por ali.

S/N estava na fila do banco um tanto quanto extensa. Para seu descontentamento, a população coreana decidiu pagar suas faturas justamente no mesmo dia, hora e lugar.

Ele lentamente desfez sua careta que havia dominado sua feição milésimos antes; deslisou as mãos que estavam tampando seus ouvidos milésimos antes; percorreu o olhar até a menina que fechados estavam milésimos antes.

Por mais que aquela 'coisa' preta-turmalina com vestígios de marrom pareasse sobre ela em constante abundancia, Taehyung viu algo faiscar em algum canto de seu corpo físico. Digo, o corpo físico da garota.

-O que é isso? ─ ele resmungou.

Pela primeira, o rapaz sentiu duvida sobre seu fenômeno neurológico em tantos anos.

Não conseguia explicar. Apenas viu algo que para ele não era normal. É como se nós, de uma hora para outra, começássemos a ter visões alucinógenas.

-Que cor é essa agora? ─ mais uma vez murmurou.

Sentiu aquele cheiro do verde-turmalina (a cor que sentia quando ele percebia estar perdido em pensamentos). Só foi sentir aquele cheiro e se lembrar que o mundo estava ali, para notar o aumento dos ruídos sonoros.

Taehyung exitou por alguns segundos olhando para os lados numa tentativa falha de desejar que um asteroide caísse ali, naquele exato momento; caminhou com as mãos no bolso e se depositou bem atrás de S/N, que parecia dançar ao som de uma sinfonia muda. Ele ficou calado, ensaiando mentalmente o que dizer.

Na outra situação, S/N já nem sabia o que estava acontecendo.

Seu alto nível de temperatura corporal atingiu um ápice de demência. Aquelas famosas frases: "Quem eu sou? Onde estou? Como? O que? Quando?", deveriam ser ditas agora, se ela não estivesse tão adoentada e fora do nexo. Seu corpo estava dolorido e, sentiu que a qualquer momento iria capotar no chão como um fantoche cortado as linhas.

-Não ache que estou lhe seguindo, moça. ─ Taehyung havia tomado coragem ao inclinar-se para mais perto se sua nuca.

-Ahan?!... ─ a menina adoentada, virou-se lentamente e samonga para o rapaz atrás de si e apenas sorriu sem vontade. O sorriso coberto pela mascara, mas que dera a perceber por seus olhos sorrirem igualmente.

-Você está bem? ─ desta vez Taehyung preocupou-se.

-Ahan...?! ─ o olhos da moça estavam decaídos, estava mais quê claro o suor deslizando sobre seu rosto. S/N não via mais do que três Taehyung's a sua frente, afinal, ela não via nada além de sua silhueta borrada.

Voltou a dançar a "valsa sinfônica muda", para frente e para trás, para o lado e para o outro.

-Moça?... ─ Taehyung chamou-a inclinando seu rosto para mais próximo do dela, afim de atrair-lhe a atenção e decifrar os enigmas do marrom-escuro estar aumentando frequentemente.

-Eu... ─ ela cambaleou, mas poe-se firme. Seus olhos denunciavam tudo de ruim e mal cuidado, ─ Eu...

Não bastasse mais nada para S/N contorcer seu corpo como se algo quebrasse os ossos por dentro.

Tremeu de forma exagerada enquanto seus olhos ameaçavam revirar. Mas antes disso, deveria guardar na memoria o assoalho de madeira gasta que estava sobre seus pés, a madeira posta com desprezo por um homem mal humorado à 45 anos atrás.

A dona da floricultura sem nome achou que seria conveniente e de bom grado aos clientes, um piso diferente dos outros na calçada de sua rua. Mas digamos que não funcionou muito, já que com o tempo, a chuva a podreceu-o sem piedade.

"Assoalho de madeira gasta por desprezo" - S/N pensou. Apesar de estar prestes a decair, sua mania de nomear coisas não sobressaia de sua vida até mesmo desvairada.

Taehyung segurou seus ombros sem intensão de segurá-la e sim apoia-la, mas não adiantou muito, até que os olhos dela revirassem por completo e seu corpo atirasse ao chão.

Ela não desmaiou.

Desmaio seria um solene presente do destino naquele momento.

Debatia-se ao chão.

Tendo dolorosas e intermináveis convulsões.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

~Eae! Turu bão? Então neh, mudei a capa :) Uma capa meio bosta. E tbm pq não tenho o que fazer, sabe '-'

Estava editando uns vídeo do canal, mas aí decidi fazer resenha do meu próprio imagine no blog (sos-hyu.blogspot.com  ~cof cof), pq como disse eu não tenho nada pra fazer, sabe '-'

Vou ali assistir 'yuri on ice', pq ñ sei se já disse: não tenho nada pra fazer, sabe '-'

tchau

 

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5 - Cor da Asneira e do Aconchego

2025-05-22 00:31:23

" 99% entre homens e mulheres consideram o marrom uma cor repugnante. O que é contraditório, pois está presente na maior parte das moradias. "

[...]

Por um momento Taehyung não estava mas ali, parecia que havia sido puxado para longe de sua consciência ao ver aquele corpo fraco e irracional cair aos poucos.

Enquanto lentamente S/N criava uma série de choques anafiláticos sem muito exagero, Taehyung apenas observava.

Apenas... Observava...

-O que está acontecendo? ─ a senhora robusta com uma grande bolsa amarela-limão no braço direito, disse ao notar um movimento descomunal em suas costas, ─ Oh, céus!!!

O susto da mais velha entorpeceu os quatro sentidos inertes do mais novo, causando-lhe o encerramento de seu devaneio que pareciam querer retornar novamente. Taehyung acordou para vida, notou mais vez a menina ao chão (quantas vezes eles teria que assistir sem nada fazer?).

Porque a sua cor começou a escurecer, aquele preto-turmalina...

Ajoelhou-se perto da garota que tremia de forma sequencial ─ parecia uma fita que rebobinava constantemente em um looping infinito. ─ Posicionou ambas as mãos no rosto da menina tentando entender o que se passava.

A mulher que doutrora havia sito alertada, acabou atraindo a atenção de muitos outros que afrente estavam na fila. Aquilo incomodou Taehyung  no talo de seu âmago e sobressaltou o olhar de baixo para a pequena multidão que perguntava o que lhe havia acontecido;

Olhou para a floricultura sem nome com o assoalho de madeira gasta por desprezo.

Não demorou-se muito para tomar S/N nos braços.

-Está tudo bem. ─ Ele direcionou-se a palavra aos 'curiosos' da fila do banco, entretanto, aquilo soou mas para si mesmo do que a outro ouvinte.

Caminhou para sua esquerda com o corpo tremulo da garota nos braços. Quanto ela pesava não importava nem um pouco naquele solene instante, Taehyung havia retirado força de suas então vidas passadas para carregá-la.

S/N não era nem um pouco leve. Mas Taehyung era forte.

A intensidade com que a terra atrai os corpos para o seu centro, Taehyung chamava de púrpura. Sua força era um vermelho-preto-azul intenso, mas não gostava de dizer isto a ninguém.

Virou-se de costas para a porta da floricultura e a empurrou com a nádega para abri-la, retornando a posição normal ao adentrá-la.

-VÓ! ─ gritou ao caminhar apressadamente ao centro da sala.

A recepção da floricultura sem nome é tão sutil e envelhecido.

Passou pelo balcão e atravessou a cortina de rendas vermelho-coral bordadas a mão pela sua avó. Lembrou-se repentinamente da pequena bolsa que havia ficado consigo por 25 minutos ou mais, que na verdade pertencia a garota que carregava cansadamente no colo.

Aquele pequeno comodo que agora estava, era pouco menor que um banheiro minusculo. A frente havia um sofá com uma roupa jérsei marrom-oliva que Taehyung não sabia ao certo se era marrom ou um ocre mal lavado. Fora lá que o rapaz havia deitado S/N ─ que até então, não tinha vestígios de seus espasmos.

Parecia que nos meus braços, as atividades elétricas anormais de seu cérebro cessavam;

UMA SENHORA DE aproximadamente 62 anos de idade, passa pela outra porta daquele cubículo chamado de sala. A mulher estava a usar uma calça honan de alguma espécie de marrom-sépia-mascavo. Taehyung não gostava daquela calça. Mas de alguma forma, casava-se com a camisa de lã com mangas longas cinza-mofo, revestido por detalhes rosa-orquídea das próprias flores em retilíneo vertical.

Seu cabelo era curto como de costume às senhoras de sua idade, um pouco cacheados por se agradar daquele estilo, castanho-escuro ainda por motivos de sorte.

Vinha ela apressada tentando entender o que seu neto mais velho estava aprontando, por outro lado, preocupada; "Tae não é de chegar a este horário!" Pensou. Limpava seu óculos a caminho da sala a minutos antes, logo depositando a frente de seu rosto.

Taehyung, mesmo após descansar o corpo de S/N no sofá, não retirou o braço direito da curvatura de seu pescoço, a fim de sustentar sua cabeça. Foram 36 milésimos para ele observar o rosto da menina... Nada. Não havia nenhuma expressão. Parecia estar num sono profundo.

-O que aconte~ ... Oh, Meu Deus! ─ A mais velha após passar pela porta a esquerda, nota a presença de uma jovem acompanhando seu neto mais velho. Uma pena, ela não estar acordada para recebe-la.

-Vó... A senhora precisa ajudá-la. ─ Taehyung por um instante retirou o braço debaixo do pescoço da desacordada.

Parecia que longe dos meus braços, as atividades elétricas anormais de seu cérebro começavam;

O braço esquerdo de S/N moveu, depositou sobre o busto para tentar indissoluvelmente se proteger do calafrio; mas a quantidade incrivelmente magnânima de roupas em seu corpo, impediu que ele curvasse. Como defesa natural, mais uma vez tornou à aquela contração corporal.

-Quem é ela? ─ a avó perguntou, sem deixar de aproximar-se rapidamente de S/N.

-E-eu... eu não sei.. ─ Respondeu. Mas parecia que a mais velha não o havia escutado, retirando com pressa a máscara da menina.

Taehyung parou rente ambas e voou para um local bem longe da realidade dentro de sua cabeça sã. Estava estático, não tinha facilidade em se portar em situações como aquela e, perpetualmente, se desligava daquele contexto. Era uma forma bem mais fácil que conseguira de resolver o problema, problema que nem se dava o luxo de intervir.

-Ela está tendo uma convulsão... ─ a última palavra fora dita lentamente ao notar a silhueta do neto parada, ─ Taehyung, o que faz aí parado? Segure-lhe a cabeça.

Demorou-se um pouco para cair a fixa de que a moça não era um caso qualquer que deveria ser ignorado pelo tal e, apressou os passos (apesar de suas longas pernas não precisarem correr para chegar a qualquer lugar) a sentar no antebraço do sofá de pernas abertas.

Aquela posição iria ser uma memória constrangedora caso a lembrança viesse a tona. Devido o espaço não favorável, o rapaz abriu as pernas justamente no topo da cabeça de S/N, segurando com ambas as mãos, deixando-a imóvel.

A noona estava ciente de suas longas experiências vividas, que em qualquer situação de choques anafiláticos como aquela,  a cabeça era prioridade. Qualquer deslize, uma vitima daquela mesma situação, poderia bater com a cabeça e causar um risco ainda mais grave e sem reversão. O mais inusitado de tudo isso, é que e eles nunca se lembram da dor, ou qualquer vestígio do que aconteceu.

Taehyung tinha as mãos cobertas por uma luva de veludo preta, e mulher sabia que era arriscado tocar diretamente na pele da mais nova, então optou por pedir ao outro que lhe sustenta-se a cabeça. Saiu de cima e olhou o relógio de pulso.

Com o olhar fixo no rosto da garota, Taehyung não notou que a avó estava apenas observando S/N dar seus tremeliques, esperando contavelmente que aquilo acabasse.

Cada gota de suor que escorria pelos seus poros, eram tão lúcidos quanto o gosto azedo da angustia que você poderia estar sentido.

Taehyung sorriu. Gostou das gotinhas de suor no rosto de S/N. Faziam barulhinhos de um carrilhão em som linear. Os sinos tubulares era o som que mais gostava de ouvir, e por sorte, sempre os escutava quando chovia. Tudo que na qual envolvia água translucida, o mesmo timbre era emitido.

Depois seriou ao notar que a garota poderia estar sentindo dores insuportáveis. Mas assim como sua feição frugal, ela não sentia nada. Na verdade ela nem sabia o que estava acontecendo. Fora um devaneio rápido, que parou após 11 segundos.

S/N se acalmou.

Mas Taehyung pareceu não percebe isso e continuou a segurar seu rosto.

No Mesmo instante, no andar de cima, um garotinho sentado na cama de casal de madeira (sem muitos detalhes favoráveis), olhava fixamente para a parede a sua frente. A superfície branca estava com um pequeno desgaste no centro, deixando visto os tijolos adobe por baixo do revestimento de gesso.

A criança acabara guardando a si a pergunta do motivo para que os tijolos estivessem ali para mais tarde. Quando seu hyung chegasse, iria chamá-lo para o quarto em que estava e lhe apontaria a questão.

-Se os tijolos estão aí... Pra que cobrir com terra branca? ─ pensou alto.

Olhou para a porta ao escutar a voz de Taehyung gritar pela avó. Demorou um pouco a ruminar o que estava acontecendo para ele ter chegado tão cedo. Balançou as perninhas cobertas pelo moletom cinza escuro e pôs o pé ao chão (com uma meia listrada de azul, amarelo e vermelho ─ demonstrava coincidentemente a diversão). Andou calmamente até a porta e lá parou.

-Por que tem porta em todos os quarto? ─ mais uma vez perguntou.

Abriu-a e caminhou até a escadaria estreita. O garotinho tinha grande medo de altura, por isso, a dificuldade de descer uma escada era sempre um desafio. Segurando com as pequenas mãos na parede, degrau por degrau, sempre parando nomeio do caminho para analisar o resto que iria percorrer.

Passou pela porta logo no final ao lado esquerdo da escada.

Por motivos desconhecidos, não chamou por seu hyung para alertá-lo de que estava indo ao seu encontro. Gostaria ele, pela primeira vez, de espiar como um adulto e tentar resolver a solução por conta própria. Mas o que viu na pequena salinha não fora facilmente compreendia. encostou no batente da porta tentando entender o motivo para o mais velho estar segurado fixamente o rosto de uma moça desconhecida.

Nenhum dos dois havia percebido a presença do mais novo, e a avó retirou sem exitar a casaca marrom da menina. Logo depois, o moletom azul-manganês. Abaixo do mesmo, uma camisa de manga cumprida simplesmente branca. E como iterado, mais um blusa, também branca.

-Ora! Gostaria que meus cosméticos viessem bem empacotados desta forma. ─ Aquela ironia da senhora, fora mais como um sermão.

-Ela está bem agora? ─ Taehyung perguntou, sem ao menos retirar o olhar sobre o rosto da outra.

-Acho que sim... Bem, vou ligar ao médico para ver se está realmente. ─ após deixar a menina com apenas a blusa branca, levantou-se para retirar-se do local, ─ Oh, acordou Taeshin?

O garoto, vulgo Taeshin, não respondeu. Ele não era acostumado responder perguntas, estava mais familiarizado em perguntá-las. Pôs o dedo indicador no lábio, um tanto quanto reprimido com a situação, mas assim como a maioria das crianças, tinha curiosidade sobre o caso.

Taehyung, brutalmente ergueu a cabeça para a porta em direção ao seu irmão mais novo, retirando toda a atenção da desacordada.

-Taeshin. ─ sorriu. O sorriso era sempre uma demonstração vistosa para os outros, conhecido como um rapaz sem expressão, eram poucos os sortudos que lhe retiravam um sorriso sincero. Culpado nem era o próprio, por perder-se em pensamentos 80% de seu cotidiano e não prestar atenção nas pessoas ao seu redor.

Ergueu o braço em direção ao cândido para sinalizá-lo que estava tudo bem. Taeshin aproximou-se sorrateiramente na ponta dos pés, olhando fixamente a moça deitada no sofá, foi aos braços do hyung que lhe depositou um encoste labial no topo da nuca. O menino olhou para S/N.

-Quem é ela, hyung? ─ cochichou.

Taehyung voltou a notar que ele não sabia quem era. Olhou para a mesma e tentou formular mentalmente a resposta. "Uma garota que eu vi na praça e a trouxe para dentro de casa"...

-Eu não sei... Mas ela é marrom.

 

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6 - A Cor Inocente

2025-05-22 00:32:35

"Aprender a partir de ontem, viver para hoje, esperança do amanhã. O mais importante é não parar de fazer perguntas." - Albert Einstein

 

Por minutos, Taehyung sentou-se frente ao sofá, num banco de madeira gasta, passou a estudar cada canto do rosto de S/N com toda a atenção que podia. Seus olhos estavam debulhados em líquidos e não viam a hora de piscar, mas a imagem a sua frente era viciantemente atentada. Pareceu temer piscar e magicamente a garota desaparecer de sua vista.

A criança encarava o seu globo ocular, achando que o hyung estaria prestes a chorar irracionalmente. Sentado no chão brincando com o fio solto da roupa de sofá, brigava consigo mesmo em perguntas.

Taeshin gostava de perguntar. Não como uma criança normal que faz em torno 300 perguntas arrematadoras por dia aos pais por estarem propensas a descoberta do mundo. Ele supria pelas duvidas insanas como se deixar os mais velhos loucos para respondê-lo fosse o mais satisfatório possível. Não demorou-se muito para sua avó e seus irmãos entoja-lo e, quem não nascesse com a passividade de Taehyung, o consideraria a criança mais infernal do mundo.

Diferente de sua irmã mais velha, Taeshin nunca conseguia guardar informações na cabeça que não fossem sequenciadas pelo verdadeiro interesse nelas. Ele precisava não saber de algo para assim perguntar, e as duvidas chegavam a um nível absurdo e inadmissível. Mesmo sendo claramente contestada, conseguia achar uma outra inacreditável pergunta por cima dela. Ficou mal-acostumado após a própria irmã dizer sobre sua "grande facilidades em afortunar com perguntas".~ pareceu uma brecha para que Taeshin continuasse a perguntar por pura traquinagem. Mas com o tempo, aquilo fora tomando parte de seu dia-a-dia inocentemente sem nem perceber.

Era mania. Mas era tão... branca.

Ainda divertindo-se com o tecido do sofá, corroía-se em duvidas sobre o que estava acontecendo para Taehyung estar chorando em presença da desconhecida.

"Será que devo perguntar? Por que hyung está chorando? Ele vai ficar bravo se eu fizer?"

-Hyung, a moça marrom morreu? — perguntou tirando o maior de seu enésimo devaneio do dia.

Taehyung era como uma porta morta; nunca consegue absorver uma pergunta de ninguém quando se está em transe ─ o que é sempre, já que 99% de seu dia está pensando em como um relógio funciona, por exemplo. ─ Era tão avoado, que certo dia quase sofrera um acidente ao atravessar a rua — naquele dia, ele havia visto uma luz em formato de pássaro sair pelo sinal verde do semáforo, o que o fez parar no meio de uma estrada em movimento para prestar mais atenção em sua recaída neurológica.

A criança esperava calmamente o hyung voltar a realidade. Piscou várias vezes os olhos, tanto por precisarem ser hidratados, quanto para tentar captar a enésima pergunta que Taeshin fazia naquela semana.

-Agh... Não! —negou ainda recuperando-se da quebra de silêncio. — Ela só.... Está dormindo.

-Ela é sua amiga? Onde a conheceu? — duas perguntas foram feitas, para serem respondidas em dobro e Taehyung sentiu-se reprimido por ter cometido um crime e estava prestes a ser desmascarado.

-Só dividimos o mesmo banco de praça. ─ secou os olhos. Aquela responta poderia ser o suficiente para uma criança, até mesmo Taeshin se viu satisfeito por um segundo, mas se uma pessoa sã analisasse a forma como Taehyung conseguia interpretar as coisas, poderia facilmente pedir uma explicação clara.

Ele estava certo. S/N e ele dividiram o banco da praça por alguns minutos. Mas não dava justificativa para ela estar desacordada.

-Por que está chorando? ─ o menino perguntou mais uma vez, logo seguiu sem esperar resposta ─ Eun-su noona disse que choramos porquê perdemos alguém, sentimos dor ou por estarmos felizes.

Taehyung riu. Achou brando a forma com que seu irmão mais novo expressava preocupação a ele por apenas ver que seus olhos estavam marejados. Também notou a observação de Taeshin diante da explicação da irmã a um ano atrás; os três irmãos tinham lá suas 'anomalias' sociais, entretanto, eram um alicerce para o outro. O caçula perguntava, a do meio respondia e o mais velho sonhava acordado.

-Não há nada, Tae-ay . Eu só... Não estava piscando. ─ Taehyung levou mais uma vez a mangá da roupa para coçar os olhos.

-Por que?

-Bem... ─ o rapaz pensou, e logo virou o olhar calmo para a adormecida no sofá, ─ Achava que se eu piscasse, ela poderia desaparecer.

Taeshin tornou-se confuso com o dialeto de seu hyung, mas tentou capturar aquela resposta olhando diretamente para S/N.

-Ela não irá, Hyung! Eu irei ficar vigiando com você. ─ sorriu divertido, ─ Faremos assim: você a vigia sem piscar por 8 segundos, e logo após, eu vigio por mais 8... Se revezarmos, você não chorará e ela não irá desaparecer.

Taehyung riu por aquele ato de candura repleto de uma brancura inacreditável. Não bastava ter que suportar sua própria capacidade mental de um rapaz de vinte poucos anos às vezes confundir a realidade com o imaginário, teria de entender que para uma criança de 5 anos como seu irmão, as coisas corriam de forma natural e calma. Taehyung as vezes se pegava imaginando que tivesse algum distúrbio psicológico para ter o raciocínio tão lento, ou que para além de sua sinestesia (que os médicos diziam não interferir em sua vida) procurava explicações para ver tanto coisas irreais atuarem diante de seus olhos.

Eram questões que para ele tornavam-se irônicas, já que sua mãe lhe implorava tanto para parar de fazer drama.

"Se ela o visse agora, o imploraria para crescer."

-Sou tão marrom-cinza-rosa-preto... ─ sussurrou mais para si mesmo do que para... si mesmo (-q)

-O que disse, Hyung?! ─ Taeshin perguntou, o mais velho levantou o olhar, negando com a cabeça, ─ Espera... E como ela poderia desaparecer? Afinal, ela é tão especial assim para sua presença fazer diferença?

Taeshin mudara de assunto, sabia ele que ocasionalmente seu hyung voava para outro mundo e pensava em voz alta.

-Não, Taeshin. Não faria muita diferente, pois é uma completa estranha. ─ sorriu, ─ Mas, está debilitada e temos cuidar para que fique segura, entende?

Taeshin olhou de volta à mais velha a sua frente e confirmou. A garota por quem conhecia como moça marrom, dormia como se estivesse entrado em coma regressivo. Se não fosse pela sua respiração descompassada e ponderada, o menino poderia jurar que estava morta.

-Ela está com sons pretos, hyung? ─ perguntou curioso mais uma vez.

-Não diga isto. Ela não está morta, moleque! ─ afirmou. Dizer que uma pessoa está com sons pretos era sinônimo de leito irracional. Taehyung sentia-se mal com isso, visto que sempre parecia prever quanto tempo as pessoas tinham de vida. Impotentemente, claro.

Ambos passaram a estudar S/N e sua indiferença. ─ Interessante saber que S/N o achara indiferente a poucos minutos atrás.

-Hyung, ela é bonita. ─ Taeshin sorriu olhando-o a espera de uma concordância. Era a primeira vez em que afirmava algo com convicção.

Taehyung não respondeu, após encarar profundamente as cores da menina, não sabia ao certo se ela era bonita ou não. Tinha duvidas quanto a esta situação em que foi colocado, entretanto, por mais que S/N fosse realmente venusta, outra coisa o atraia no momento, e com toda certeza não era a beleza que carregava.

-Ela não parece nem um pouco com as princesas da Disney. ─ Falou sorrindo a espera de uma aprovação do dongseng que não parava de se corroer em mais duvidas sobre a menina.

-Ah, isso não importa! ─ Taeshin fez bico, ─ Eun-su noona disse que as pessoas são bonitas por dentro também. Não entendi o que ela quis dizer com isso, mas acho que se trata da forma de como elas são; se são boas e gentis...

-Ora, mas você nem a conheceu de verdade para saber. Como pode achar o lado interno bonito quando se não tem certeza? ─ o mais velho sorriu divertido com a facilidade de dialeto que a criança tinha adquirido com o tempo.

-Exato! ─ Sorriu, ─ Enquanto eu não souber como ela é de verdade, eu avalio a beleza externa.

Taehyung abafou um sorriso. Seu irmão mais novo havia achado a garota bonita, do contrário, não teria citado.

-Hyung, vou me casar com ela quando ficar do seu tamanho. ─ Taeshin acabou por dizer em voz alta, recebendo um sermão de Taehyung para fazer menos barulho.

-Ah, mas não acha que ela ficará velhinha demais para você?

-Se ela for legal como a vovó, eu não me importo. ─ pensou.

-Ela não vai gostar de esperar tanto tempo para você crescer, criança. Até você ter 1,79m a moça já arranjou outra pessoa para se casar. ─ cogitou.

Taeshin fez careta.

-Então, vamos adiantar meu lugar. ─ sentou-se no colo do irmão, ─ Quando a moça marrom acordar, eu vou pedi-la em casamente.

-Você não me faria uma vergonha dessas...

Não terminou de reprovar o garoto e já fora interrompido pela entrada de sua avó que trazia uma pequena caixa verde-limão de lenços umedecidos (de acordo com a mesma, seria irrelevante molhar qualquer outro tecido seu para tentar regular a temperatura da mais nova). Aproximou-se de seus netos, olhando com suspeitamento à Taehyung, e retirou um lenço para umedecer o rosto e o busto da menina. S/N mexeu-se um pouco no sofá, alertando sonolentamente o corpo de que estava com frio.

-Taehyung, leve-a para meu quarto; Cubra-a com aquela minha manta de microfibra habitat lisa... ─ a senhora pensou um pouco, pareceu voar para longe, ─ Sim, pegue esta mesmo. A fibra do tecido irá manter o calor do corpo e refrescar o ar externo sem estar gélido...

-O marrom-cáqui? ─ Taehyung ignorou toda a observação da avó quanto ao tipo de tecido.

-E o que a cor importa, Taehyung? ─ seriou flácida, ─ Liguei para um médico, ele chegará o mais rápido possível.

O neto não se opôs mas e retirou o irmão de seu colo, levantando-se do banquinho que estava sentado. Encarou S/N mais uma vez e revirava aos pouco alarmando dor em sue corpo. Olhou para a porta que levava à escada e suspirou profundamente pensando em como iria morrer para carregá-la para cima.

Mas não demorou-se muito, e facilmente conseguiu cumprir o caminho até o quarto de sua avó com a moça nos braços. Logo atrás, acompanhado pelo garotinho que carregava na mão a bolsinha coral que caíra da casaca de S/N, silenciosamente colocou-o de volta na veste da menina e estendeu a roupa na cadeira da mesa de costura da avó. ─ Taehyung procurou rapidamente a manta de microfibra habitat lisa que a avó havia lhe sinalizado e cobriu a menina cuidadosamente.

Arrumou o travesseiro em sua cabeça e fora neste exato momento que parou diante de seu rosto com apenas 18cm de distância. Eram como líquidos dançantes coloridos.

Verde. Azul. Laranja. Amarelo. Rosa. Era Tudo tão agradável.

Taehyung sorriu involuntariamente.

-Abra um pouco as janelas, Taeshin. ─ a avó brotou na porta do quarto fazendo o neto dar um pulo assustado para trás, um tanto quanto desconcertado, ─ O que há, Taehyung, parece que foi pego no flagra.

-Hum?.. ─ fingiu ele estar distraído para a mais velha entender que ele não sabia o que estava acontecendo.

-Ah, esquece! ─ gesticulou com as mãos se virando para sair, ─ Deixe-a descansando um pouco, o médico não irá demorar. E você, rapaz, desça comigo. Preciso ter uma conversa muito séria contigo sobre esta moça.

-Hyung está encrencado, vovó? ─ perguntou inocentemente o garoto abrindo aos pouco a janela.

-Reze para que não. ─ a mais velha desceu sem olhar para o caçula e logo foi seguido por Taehyung deixando a criança sozinha no quarto tentando abrir a janela.

Taeshin, por precaução, foi esperto o suficiente para deixa-la na vidraça, assim o comodo não seria enfestado por ar gélido do quintal. Limpou as sujeiras inexistentes da roupa e deu trabalho concluído. Poi-se a sair, mas não antes notar S/N deitada sutilmente na cama.

Subiu silenciosamente e com um cuidado extremo em cima do móvel ─ deitou-se bem ao lado da mais velha reto com uma tábua, como se estivesse com vergonha da proximidade que ele mesmo causou. ─ encarou o teto com as mão no peito.

-Eun-su noona gosta quando faço perguntas as vezes. ─ falou como se conversasse com a menina, porém, sabia que ela não o escutava, ─ Mas nas outras, ela briga comigo por serem perguntas demais.

Pausou, mas logo retornou a falar:

-Taehyung hyung disse que você está doente, então eu vou cuidar de você até ele retornar ao quarto.─ sorriu, ─ Eun-su noona está prestes a chegar do cursinho, então ela vai poder dizer o que você tem... Acredito que ela seja mais inteligente que o médico.

S/N mexeu seu corpo para o lado ficando frente a frente com a criança que gelou ainda mais por estar tão próximo.

-Por que será que Taehyung te trouxe aqui sendo que ele não lhe conhece? Será que ele mentiu para mim? Será que ele conhece você e não me contou só porquê disse que iria te pedir casamento? ─ Taeshin ajeitou-se no travesseiro, expressando a cara mais engraçada de duvida já feita, ─ Você não é namorada do hyung, é?! Aigoo, eu espero que não. Se for tão bonita por dentro quanto por fora, vou ficar feliz que seja minha esposa.

Sorriu tão feliz que soltou uma curta e baixa gargalhada.

-Mesmo que você seja velhinha como a vovó. ─ pensou, ─ Então eu terei de cuidar de você, ao invés de você cuidar de mim.

Estava emerso ao diálogo com S/N dormindo, e nem notaria mesmo que caíra no sono ao lado de sua futura (para ele) esposa.

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7 - A Cor da Inteligência

2025-05-22 00:34:15

Se o coração tivesse inteligência, ele não cometeria burrices. Se o cérebro fosse gentil, ele não seria inteligente.- Nigohyu ;-;

• • •

A avó estava cuidadosamente descendo as escadas, assim como seu neto, não tinha equilíbrio suficiente para descê-la de forma convicta. Taehyung sempre se lembrava que deveria consertar aquela escada e deixá-la o menos ingrime possível, entretanto logo depois se esquecia completamente, como se um roteirista chegasse em sua memória e apagasse aquele detalhe.

Esperando com paciência a mais velha terminar de percorrer degrau por degrau, Taehyung a seguiu até a recepção da floricultura silenciosamente e atento a cada detalhe de seus movimentos. Começou então a notar alguns pequenos zumbidos vindo se seus braços gélidos e sem uma cobertura quente; nem havia percebido, muito menos sabia o motivo para estar apenas com a camiseta branca quando notara o desaparecimento daquela casaca escura que gostava de usar.

Taehyung por si só parou de caminhar naquela salinha silenciosa que dividia a escadaria da recepção e, diante do sofá onde havia deitado S/N a poucos minutos.

Não era frequente quando o cérebro de Taehyung não sentia as cores.

Levantou aquela singela sombracelha detalhadamente segurando seu braço esquerdo com a mão direita. Foram menos de 2 segundos para Taehyung notar algo diferente naquela situação.

-Eu estou olhando para um sofá onde deixei aquela moca que ampararei a frente do banco. Deixei-a no quarto da minha avó. Desci com minha avó. Estou sem meu casaco e não lembro de tê-lo tirado.

Sua sombracelha esquerda quase cruzou a testa e foi parar no topo da cuca de tão arqueada que havia deixado. Mas aquela sensação estranha logo havia passado como uma folha numa ventantania e Taehyung continuou a caminhar para a recepção onde sua avó o esperava.

Naqueles 2 segundos, o rapaz não havia sequer se importado com a cor do sofá, a cor do amado casaco e as questões recogitadas de não tê-lo consigo... Muito menos nas cores de S/N ou suas próprias.

A idosa caminhou para trás da velha caixa registradora a tempo suficiente ao neto se oferecer para fechar a vidraça da porta de uma folha tradicional de madeira azul-miosótis que permitia o vento adentrar o cômodo. Taehyung gostava da cor daquela porta; dizia ele que conseguia ver a terra como se estivesse a observando da lua.

Estava claro ainda. Dava-se para ver as pessoas indo e vindo na calçada amadeirada que Taehyung lembrara de ter retirado as folhas secas tarde passada. Ele deveria fazer essa cerimônia diariamente durante o outono para manter o chão apresentável. Sua avó costumava acordar bem cedo, por volta das 4:00h para varrer a calçada de sua floricultura, mas passou a sentir fortes dores na coluna deixando o trabalho não tão pesado ao neto.

Euhsu também oferecera para ajudar naquela limpeza, mas o irmão recusou deixar a garota de praticar aquele simples afazer doméstico.

Taehyung temia deixar seus irmãos expostos na calçada.

Mencionou que jamais os deixaria brincando em qualquer local fora de casa sem a supervisão da avó. – Jamais arriscou levá-los ao parque ou à praça quando se responsabilizava em olhá-los – Ele sempre se distraía com algo ou qualquer coisa e logo perdia-os de vista.

Lembrou que, quando mais novo, havia caído naquele mesmo piso de madeira gasta da floricultura em um dia de outono, onde as folhas secas cobriam todo o chão e Taehyung viu ali uma oportunidade de diversão. Não se recordava claramente do motivo, mas a cicatriz profunda na coxa próximo ao feto femoral direito, fazia sua avó lembrar-se todos os inversos e outonos de deixar aquele piso limpo e a vista de qualquer um.

RETORNOU A OLHAR para a avó. A mulher apoiou uma das mãos no balcão enquanto a outra estava sustentando sua coluna. Abaixou a cabeça em sinônimo de cansaço e negou levemente a cabeça num único suspiro.

-Então, – começou ela, – Como foi na escola?

-Bem, senhora.

-Ficou na praça hoje? Ou veio direto para casa? ─ seriamente perguntava, ─ Chegou cedo hoje, Taehyung.

-Saí no mesmo horário de sempre, então fiquei um pouco na praça hoje, senhora. ─ as palavras do rapaz até poderiam parecer oprimidas, mas não se importava muito.

Calmamente, sem olhar ao neto, pegou um pano de microfibra laranja e começou a limpar o balcão de madeira marrom cedro delicadamente. Suk-ja não tinha pressa. Nunca tivera.

-Isso é bom... Aquela moça, é sua colega de trabalho?

-Eu já lhe disse, vó. Eu não a conheço. – respondeu sem muito ânimo evidente, mas reconhecia que gostaria de estar olhando-a naquele quarto agora.

-Pois, então, o motivo evidente de tê-lá trazido para cá seria que você a viu passar mal aqui perto e decidiu trazê-lá? Assim, sem mais nem menos? – a passividade doce da mais velha era de extrema admiração à um mútuo de vidas. Taehyung teve a quem herdar a qualidade.

-Acho que... Talvez. – deu de ombros da forma mais madura que havia encontrado para aquela situação.

-Estou surpresa ter agido tão impulsivamente assim.

-Não foi impulso, senhora, acredite – restringiu, – Talvez instinto, destino... Impulso não estaria nem em uma das minhas ultimas opções.

-Você... Viu algo? ─ tentou ser o mais sutil possível diante da pergunta, mas parecia impossível manter a curiosidade escondida.

-O que eu vi ou deixei de ver, não faria muita diferença por agora. ─ Taehyung mantinha-se estático, seu corpo tinha grande facilidade em manter-se em uma única posição sem se cansar, ─ De qualquer forma, não poderia deixá-la sozinha.

-Já não me surpreende quanto a isto, querido. ─ demonstrou um sorriso depois de dobrar o tecido laranja, – Por algum motivo sinto que está prestes a correr para ver se ela está bem.

Taehyung olhou de cima diretamente aos olhos da avó que transmitia sobre os seus, um carregado de doçura e juntamente lábios destituídos de palavras. Taehyung também era vazio de palavras, por hora respondia as pessoas com sorrisos vagos, acenos com a cabeça para dizer que 'estava tudo bem' ou curtas frases condensadas.

Com aquela pergunta, o rapaz decidiu não responder. Talvez a avó já reconhecesse as peculiares escolhas do neto, talvez ela só quisesse não arriscar saber o que se passava por sua cabeça.

Suspirou em silencio, permanecendo aquela áurea hostil.

O silêncio de Taehyung para a pergunta da avó, fora uma grande resposta à ela tendo agora um sutil sorriso no rosto.

-Por que o sorriso? ─ o maior perguntou apreensivo, mas compassivo.

-Hum? Nada, ué. É um sorriso. ─ abaixou a cabeça tentando não demonstrar sua omitida.

-Se eu dissesse "sim, eu estou prestes a correr ao seu quarto para garantir que está bem", você sorriria. ─ elevou-se a postura, ─ Se eu negasse, você também sorriria. Se eu me calo você sorri, igualmente.

-Não se preocupe, da próxima vez me debulharei em lágrimas.

-Não seja irônica. ─ Taehyung calou-se mais uma vez, e voltou a conversação depois de um longo pesar, ─ Eu sei que parece-me estar encavando a situação... Mas, eu realmente não sei...

-Eu sei, Taehyung. ─ interrompeu a mais velha, ─ Está tudo bem. Há coisas que não precisam de explicações. Não deixe sua cabeça mais confusa do que já é.

{ • • • }

Parecia até engraçado quando ela via um pequeno grupo de meninos andando logo a frente, comentando sobre assuntos que a deixavam tão enfadada mas ao mesmo tempo com uma gota de curiosidade. Sempre teve arrebatamento sobre o que passava pela cabeça das outras crianças, entretanto, era uma das poucas coisas que não sabia a resposta.

Começou a puxar o rompimento da mochila acinzentada, fazendo-a subir e descer. Sua avó já reclamou de todas as vezes que Euh-su causava-lhe prejuízo de mochilas ao ano. ─ Ignorou mais uma vez sua mania ao parar na faixa de pedestres da rua 5.

As ruas daquele pequeno bairro tinham nomes longos de pessoas que Euh-su conhecia por moradores antigos ─ crismados mais velhos da região, primeiros moradores a habitar aquele local, ─. Eram nomes extensos que poucos conseguiam decorar. Por tais motivos, os atuais moradores conheciam cada rua por números.

S/N nunca soube disto, então sempre carregava consigo um comprovante de residencia na carteira para sempre lembrar o vasto nome que sua rua levava, caso precisasse.

O SEMÁFORO FICAVA próximo à uma lojinha de conveniências na esquina da rua 5 e a distância de uma calçada para a outra não era grande, pelo contrário. Mas a menina trazia consigo este maior medo de asfaltos.

Os garotos uniformizados de azul e branco seguiram caminho pela rua 5, com os mesmo assuntos saindo por suas bocas. Euh-su acabou por perdesse em pensamentos, tentando entender exatamente o que.

ESPEROU O SINAL ABRIR para que apressadamente conseguisse atravessar correndo ao outro lado da rua. Olhou para trás de si e confirmou a hipótese do grupo de garotos não ter ido a sua direção, para assim achar outra criança por perto para as observar.

Euhsu costumava ir e voltar sozinha da escola, simplesmente porquê não tinha nenhum colega conhecido que morasse próximo a sua residência. Os moradores vizinhos, que na qual conheciam de longe a amigável senhora Sukja, sempre discutiam a solidão das crianças da família.

Com índoles de alta superstição, achavam que a mulher da floricultura carregava uma espécie de maldição familiar, e conscientemente, sobrepassou à filha e aos netos. — mal sabiam eles, que esta invariada maldição, não passasse de espirito avançado, como dizia a avó.

A CAMINHO DA MORADIA, a garota chutava as folhas secas no chão da floricultura. Estava frio, como era um fato desde já. Parou na frente da porta esverdeada encarando as árvores e começou a lembrar-se de seu irmão mais velho. Começou a imaginar o que ele poderia estar vendo naquelas árvores se estivesse em seu lugar; as plantae's eram alaranjadas, algumas folhas marrons, outras amarelas e, era somente isso que conseguia ver. Euhsu sabia exatamente o que seu irmão mais velho tinha após uma curta pesquisa nos livros da biblioteca municipal.

Mas não conseguia saber exatamente como ele o tinha.

Abaixou a cabeça em modo de insatisfação e adentrou a floricultura pelos fundo.

{ • • • }

O ROSTO DAQUELE HOMEM tão branco como um papel parecia absorto em qualquer outra coisa. Taehyung observava com os braços cruzados, apoiado no batente da porta do quarto de sua avó incrivelmente concentrado nos movimentos do médico.

Aquele homem trazia toda uma sequencia polida de roxo-cinza-rosa-laranja... É uma espécie de Ouro-velho, na qual Taehyung odiava, entretanto estava tão impaciente, que nem havia se importando com aquela visão estarrecedora. ─ Apenas acompanhava os dedos (aparentemente) delicados e macios do médico pelo pescoço de S/N que por incrível que pareça ainda estava em um solene cochilo.

A avó apenas desassossegada. Mesmo não conhecendo aquela moça, passou a se preocupar. Era desnudo a situação mais uma vez que o neto a colocava, porém, se sentia tão ligada a ele que qualquer sentimento parecia transpassar a ela.

Taeshi, sentado na cadeira, ainda se recuperava do sono que a avó havia lhe tirado ao entrar no quarto e o ver dormindo juntamente a S/N. Coçava os olhinhos reformulando algumas perguntas que gostaria de fazer ao médico quando o mesmo tomasse algum sinal de término.

O MÉDICO AJEITOU O estetoscópio por volta do pescoço, dando um curto suspiro. Ameaçou levantar-se, deixando todos no comodo preparados para qualquer palavra que saísse da boca do seonsaeng. Taehyung fora o primeiro e pôr-se a frente dos outros, tão impaciente quanto imaginária ficar.

-Bom, ─ começou cálido, ─ Ela está bem, devo afirmar. Mas a febre está demasiado alta para a idade que aparenta. Acredito que, de acordo com o que me informaram a pouco, ela deve ter atingido 49ºc mesmo que por milésimos de segundos, como um choque térmico. Então seu corpo precisou reagir e defender-se ao convulsionar-se.

-Mas, seonsaeng, achei que convulsões febris dessem somente em crianças. ─ a mais velha, com o braço direto cruzado e a esquerda apiada no peito, perguntou tão duvidosa quanto Taehyung.

O médico sorriu em resposta, mas imediatamente poe-se a explicar.

- A convulsão febril ocorre exatamente devido à imaturidade do sistema nervoso da criança que é mais sensível à elevação térmica rápida. Ainda que raro, pode acontecer em qualquer idade nos episódios de febre. ─ O médico tentava simplificar suas palavras de forma breve, mesmo que em sua cabeça passasse uma série de coisas que poderiam ser esclarecidas.

-Ela, vai ficar bem, seonsaeng? Porque ainda está dormindo, então... ─ Taehyung manisfestou-se com uma voz rasteira e indócil.

-Não se preocupe, meu jovem. Ela apenas está cansada, creio que não pelo susto de agora. ─ o médico virou-se para olhar a sutileza da menina dormindo na cama ─ Ela tem grandes olheiras e seu sono é extremamente pesado. Seu corpo deve ter visto nisso uma deixa para recuperar-se de uma grande insonia. Mesmo minha avaliação sendo evidente, ainda não podemos comemorar; por isso, peço que levem-na para uma clínica especializada para um exame mais aprofundado de sua saúde. Temos que ter total certeza de que ela tem ou não lesões cerebrais pré-existentes.

-O senhor acha isso possível? – Taehyung ainda estava sério e sem o maior humor e passividade de antes.

-Não. Mas jamais devemos apostar nossas cartas em um mero ser humano com grande doutorado em medicina, certo?! – o médico sorriu e apesar de Taehyumg não compreender a irônica frase, devolveu o sorriso.

Após um breve sorriso, Seonsaeng retirou de sua maleta preta de couro uma anotação.

-Ela trabalha ou estuda? – ele os olhou. Taehyung mostrou um distanciamento a pergunta e o medico suspirou, – De qualquer forma, vou deixar-lhe um atestado e, uma pequena receita de medicamento. Não se preocupem com os gasto, estes remédios podem ser coletados no posto de saúde mais próximo.

-Os remédio são realmente necessários?!

-É somente para garantir seu aumento imunológico. – continuou as anotações, – Repouso total por 7 dias, alimentação balanceada, evitar friagem e principalmente, não se esqueçam de levá-lá aos exames quando tudo se estabelecer.

Retirou a folhas do bloco e entregou a senhora Sukja que recebeu abruptamente, tentando entender sua caligrafia. Taeshi mais que curioso para saber o que havia registrado no papel, tomou da mão da avó delicadamente, ergueu a sobrancelha aproximando o papel dos olhos.

-Ah, ah~ — chamou Taeshi já despertado, o seonsaeng lhe olhou de cima esperando a pergunta que já sabia que lhe apunharia, — Qual a dificuldade para seonsaeng escrever de forma que eu entenda?

O médico não lhe respondeu, apenas deu uma risada abafada. Sukja olhou-o em reprovação, fazendo-o encolher-se de vergonha e entregar o papel de volta à mais velha.

Minutos depois, o médico já estava sendo levado a porta por Taehyung que já o tivera pago pelo atendimento. Foi até cômico ver que simplesmente do nada, Taehyung tropeça no próprio pé ao fechar a porta da floricultura. O mais interessante, é que nestes momentos, ele nunca se sente constrangido ─ pois acaba perdendo muito tempo tentando se lembrar de como foi se esborrachar no chão com tanta precisão. ─ Mas o rapaz não gostava disso quando sempre lembrava das palavras de sua mãe.

"Se você se esforçasse com a mesma frequência que cai no chão, seria um garoto inteligente e as pessoas gostariam mais de você."

-Vou na farmácia levar esta receita. ─ a avó apareceu na recepção colocando o casaco grosso e pesado preto, olhou para o neto de baixo enquanto arrumava o cachecol vermelho-vinho, ─ O que houve, Tae? Parece que viu fantasma.

-Eh... Deixe que eu vou, vó! Está frio demais lá fora. ─ o maior se aproximou rapidamente na avô tentando convence-la de que lá fora realmente fazia frio.

-Ora, sabe que eu sou grata por sua gentileza a cada dia, meu filho. ─ sorriu a mais velha dobrando o papel na pequena bolsa, ─ E sabe que confio em você, não sabe?

-Sim, senhora.

-Confio você aqui, com esta garota. Não lhe confio este papel. ─ a mais velha sorriu mais uma vez, e retirou-se da recepção reclamando pela quantidade de folhas que haviam na calçada.

{ • • • }

A estufa de flores de sua avó era linda na primavera. Infelizmente naquela estação do ano um pouco fria, o cultivo delas eram um pouco escassa e as vendas caiam abruptamente juntamente com o inverno. Mas Sukja sabia tratar muito bem de suas plantas, e para elas sempre era primavera. Talvez este seja o motivo para Euhsu querer passar pelos fundos da floricultura todos os dias a fim de admirar o trabalho bem feito da sua Avó.

A menina conhecia todas as flores e plantas ali naquele terreiro, mas não por ser apaixonada pelas plantas, mas por ser apaixonada pelo saber. Apesar de sua capacidade anormal de raciocínio superior das crianças de sua idade, Euhsu continuava sendo criança. Por isso sempre se imaginava em um mundo imaginário com seres místicos e amigos imaginários que moravam naquelas mudas de plantas.

Chegou a conclusão de que não precisasse se esforçar tanto para apoderar-se de uma imaginação fértil, ainda que restrita.

PASSOU PELA PORTA que levava ao corredor de ferramentas, e logo entrar na sala na cozinha após retirar os sapatos e enfiar os pés nas pantufas (inclusive, trocadas). ─ A casa daquela família era um perfeito labirinto, de forma que ninguém conseguia entender como os clientes não entravam por engano na casa enquanto iam para a Estufa.

-Vovó, cheguei! ─ a menina gritou da cozinha, colocando sua garrafinha d'água em cima da pia. ─ Vovó?

-Silêncio, Euhsu! ─Taehyung apareceu como um fantasma na porta da cozinha pedindo silêncio desesperadamente aos cochichos.

-O que houve? Por que estamos cochichando? Vovó está dormindo? ─ retirou a mochila das costas, se sentiu como seu irmão mais novo fazendo tantas perguntas.

-Não, temos uma visita. ─ o maior tomou a mochila nas mãos e a abriu para retirar a lancheira de dentro.

-Quem é? Não recebemos muitas vistas ultimamente.

-Eu sei, é uma 'amiga' que está um pouco mal agora. ─ Taehyung pôs a lancheira da irmã na pia para lavar, mas acabou derrubando os talheres que estavam próximos dela causando um barulho desconfortável.

-Hyojin? Posso vê-la? ─ os olhos esperançosos de Euhsu brilharam ao achar que a 'amiga' em questão seria sua grande conhecida.

-Que? Não, não é Hyojin... ─ era tarde demais, a garota já estava subindo as escadas freneticamente.

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8 - Eram Pasteis

2025-05-22 00:37:32

Cores claras são usadas como fundo, as escuras informam. Do contrário, teria um efeito reluzente e a informação ficaria pouco legível. 

• • •

Estava prestes a cair em declínio completo ao imaginar que sua 'melhor amiga' mais velha poderia estar no andar de cima. Seja lá qual fora o motivo que a levou estar ali, depois que a suposta Hyojin cortou quase por completo o laço com a família por motivos que não conseguia se explicar.

Euhsu estava animada e por alguns minutos quase irrelevantes ser citados a esta história pareceu uma criança que havia acabado de ganhar seu brinquedo favorito, sabendo-se que não costumava se sentir tão animada com os tais a muito tempo. Subindo as escadas eufórica, não se importava com mais nada. Parece que quando uma pessoa fica feliz demais, torna-se a mais cega escultura já vivida perante tudo a sua volta.

Não poderia ser um "Jamais esteve assim", mas um "Por tempos não esteve assim".

Taehyung demorou um pouco para despencar na realidade do que sua irmã estava prestes a fazer ─ Juro que se alguma novidade estrambólica sobre o comportamento deste menino surgir, eu lhe conto com o maior prazer ─ . Levantou-se num impulso e correu em direção a escadaria de sua casa. Chamava em cochichos por Euhsu 3 vezes seguidas, num pequeno desespero fazendo-o topar em boa parte das plantas tropicais que sua avó mantinha no corredor. O corredor, por assim dizer, não deveria ser considerado além de apenas um corredor por ser tão curto de largura e profundidade. A porta de um quarto sempre era muito próximo a outra, facilitando o acesso da casa pequena. Não é novidade alguma, que por mais que a casa tivesse esse ponto positivo, Taehyung sempre entrava no quarto errado da mesma forma que confundia estalactites e estalagmites, cimento e concreto .

-Hyojin noona! ─ chamou a criança sorridente, enquanto averiguada todos os cômodos no andar de cima.

-Euh, não... ─ clamou o mais velho, mais para si mesmo do que para a outra ouvir, ─ Mas que droga!

A menina finalmente acertou o quarto a quem hospedava o corpo deitado numa cama, a cama de sua avó. Suspirou (digamos por alivio, cansaço, ou reparação de ato) parando um pouco para repor sua estatura com a mão direita apoiada no patente da porta. Aproximou-se um bocado mais do corpo estendido na estrutura naquele provável cafofo.

Não era Hyojin. Não era nem de perto, nem era de longe. Não era de fato, aquela tal. Não era e entristeceu, mas o sentimento foi-se embora ao ser tomada pela curiosidade.

Taehyung chegou finalmente na porta parando num pequeno impulso ali, quase se esquecendo de que não podia falar alto e por pouco não deu um grito estridente para a irmã sair dali. Chamou-a baixo (inclusive abaixou o corpo também, como se sua posição interferisse em sua voz).

-Quem é? ─ perguntou baixo Euhsu, caminhando em sua direção.

-Uma amiga. ─ concluiu.

-Você não tem muitos amigos confiáveis, oppa! Por que um deles estaria estirado na cama da vovó? ─ reclamou a menina. Falava como se não tivesse algum respeito ao maior.

Taehyung fechou a porta.

-Foi uma emergência. ─ arrastou a garota para o outro quarto, ─ E de onde você tirou que meus amigos não são confiáveis?

-Posso saber o que levou a essa emergência? ─ perguntou cruzando os braços. Olhou Taeshi dormindo na cama de Taehyung, ─ E eu tirei de todas as vezes que seus amigos te deixaram na mão, te abandonaram e houve aquele que se aproveitou de sua boa vontade para pegar seu dinheiro e fugir para Seul.

-Aquilo foi um acidente. De qualquer forma, ele estava precisando de dinheiro... Mas isso não vem ao caso, Euhsu. ─ Taehyung retirou o casaco da menina e descalçou seus pés, ─ Ela passou mal aqui perto e eu a trouxe para dentro, só isso.

Aquele que não estivesse apto sobre o assunto do momento se sentiria deveras confuso com a forma com que os irmãos costumavam se comunicar em duplo-assunto.

-Oppa?! ─ chamou a menina.

-Sim?

-Você nem a conhece, não é mesmo?

O rapaz apenas suspirou calado e terminou de retirar a quantidade considerável de tecido do corpo da menina. Era admirável a forma como alguém podia entender as peripécias de seus atos com tão pouca idade. No convívio você aprende com situações sem conhecimento algum e tornasse costumeiro o jeito que lida com elas. Às vezes Taehyung levava pequenas perguntas ao pé da letra, noutras ele dava uma extensa justificativa metafórica para elas.

-Sim, eu a conheço. ─ respondeu.

Euhsu levantando a sobrancelha esquerda.

-... Eu vou perguntar de novo. ─ Respirou, ─ Você já falou com ela?

Taehyung a olhou de baixo.

-Sim, eu já falei com ela. ─respondeu.

-Quero dizer... Já falou com ela por mais de 1 minuto?

Era esta a fórmula que usavam para retirar a verdade daquele rapaz. Taehyung a conhecia, mesmo que fosse de longe, mas a via quase todos os dias ir e vir pelo mesmo caminho meses atrás. Conhecia seu caminhar, a forma como arrumava a touca no inverno e procurava sombra do verão. E sabia que S/N infelizmente jamais pôde negar um panfleto sequer, mesmo que ela jogasse no lixo depois. Embora que o conhecimento fosse somente de sua parte, validou aquilo como conhecer de qualquer forma.

Taehyung já falou com ela uma vez. Duas na verdade: Uma para devolver sua bolsinha Coral-Claro com flores vermelhas-marte a qual vira cair de seu bolso e mesmo a perdendo de vista, esperou ansioso pela sua volta a fim de devolvê-la. E na infeliz hora em que a moça foi rumo ao chão mais cedo. Mesmo sendo curtas palavras em longas pausas, validou aquilo como falar de qualquer forma.

-Ah... ─ estalou a língua, fez cara feia, ─ Não importa. O meritório de agora é que ela está precisando descansar, certo?

-Se você acha. ─ empurrou-o para fora e fechou a porta.

-Tenho certeza.

{ • • • }

As regras eram a seguinte: Saber para onde vai e lembra-se de onde passou. Em todas as vezes em que essa didática deu errado para S/N, eram imensamente inversivas: Ela sabia para onde ia, mas esquecia do caminho até lá, ou sabia o caminho que percorria, mas não vazia ideia para onde estava indo.

Porém nesta fatídica situação, estava mais perdida que daltônico jogando um cubo mágico. Fazia tempo que ela não tinha um decente cotidiano. E naquela cama da casa da avó de Taehyung (consequentemente do próprio) ela sonhou pela primeira vez em meses.

Ela não sabe o que sonhou. Mas sabemos que ela sonhou alguma coisa, só não sabemos o quê. Seja lá qual for este tal sonho, S/N deveria estar percorrendo todo este reino acompanhada pelo Moldador de Sonhos e não parece querer sair de lá tão cedo.

É isso o que Taehyung pensa pelo menos.

Sentado num baú de madeira muiracatiara pintado de rosa fúcsia. Mas estava tão gasto seu material pela idade e falta de arejamento ou sol, que sua cor começou a desaparecer com precisão. O tom marrom escuro do que chamamos de madeira começava a aparecer. ─ Poderia ser observação irrelevante, mas era isso o que o rapaz observava quando não estava encarando S/N na cama.

Um camada considerável de tecidos cobria dos pés ao pescoço o corpo imerso ao sono. Ele procurava nela, alguma coisa nova toda vez que olhava-a, por isso despendia sua atenção a cada 3 minutos para algo aleatório no quarto.

Da primeira vez encontrou os detalhes no cabelo. Na segunda, o rosto. E na terceira, enxergou o hábito que ela tinha ao dormir, respirar e os gemidos baixos quando sentia-se incomodada no sono. Ele tentou adivinhar as coisas que ela fazia da vida, o que comeu por último e até o último filme que viu no cinema.

É estranho Taehyung agir assim. Mas todos nós temos um certo deleite da vida. |

O quarto estava silencioso e dar um nome para aquilo era fácil quando se instigava a dizer que não via muito além de cores normais. Ele estava ansioso para que a menina acordasse, mas a cada minutos que supostamente chegava daquele momento, ficava nervoso. Juntou as mãos na frente do estomago e ali permaneceu olhando para o teto. Em poucos minutos, não se sabe ao certo quanto, o rapaz começou a cantarolar um trecho de uma música que ouviu na televisão.

Ele não fazia ideia de onde surgiu aquele ritmo nem quem estaria cantando. Porém tinha na sua cabeça algumas notas e por não saber a continuação, cantava em um lopping infinito. Era "Não sei se palavras conseguem dizer. Mas, querida, eu acharei um jeito" infinitamente para nós.

Eram cores calmas infinitamente para ele. Cores numa paleta de tonalidades amareladas e laranjas, azuis e rosas, todas pasteis. |

Ele até gostava de tons pasteis. Mas eram chatos. Lhe davam muita preguiça, não tinham gosto e se tinham, eram como balas de gomas sabor pêssego, ou sorvete de água e açúcar. Era pessoal e meramente profissional.

Estava tão entretido na "música da cabeça que não sabia o nome", que esqueceu-se de averiguar S/N na cama. A mesma estava mexendo-se nos edredons. Desta vez não para virar-se pela milésima vez para lados jamais virados e sim decidiu que estava na hora de acordar.

Taehyung não percebeu (perceber algumas coisas não era seu maior talento) cantarolava baixo e cantarolava mais vezes aquele trecho sequencialmente olhando para o teto com as mãos entrelaçadas na frente da barriga.

Não percebeu até ouvir um grito rouco sair pela boca de S/N. Taehyung deu um pulo de onde estava sentado e pelo susto começou a gritar também.

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>>animação feita por mim, pfv não pegue sem dar os créditos, mana, ou eu corto seu sinforoso fora<<

>>animação feita por mim, pfv não pegue sem dar os créditos, mana, ou eu corto seu sinforoso fora<<

Voltei!~ demorei? Demorei, mas eu voltei. Bem, a principio eu tive, ─ não um bloqueio criativo, sendo que todas as informações estavam aí─, mas sim uma especie de aversão do ato de digitar as informações e as encaixar conforme a situação. A intenção era estender o capítulo até o 3º ato da 'cena' de S/N na casa de Taehyung, mas infelizmente não achei justificativas suficiente para isso.

Seria como... O filme Esquadrão Suicida fazendo a gente engoli o plot, sem saber o que tava engolindo de uma só vez. Ou o filme "de volta para o futuro 2" de 89 numa tentativa desesperada de adivinhar o futuro (vulgo 2015 onde na cabeça deles os carros voavam). Então se eu não sei como fazer, é melhor não entregar um saco de esterco. Bem, mas eu estarei respirando fundo e vendo como entregar o próximo capítulo. Este foi tão enfadonho, que nem cor eu dei, só paleta.

Ps: para quem não pegou a referencia da cena, a música é Darlin dos Beach boys. Ousam

é isso beijos <3

 

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